domingo, 30 de janeiro de 2011

Amor (II)

(3 semanas depois) - O que é que estás aqui a fazer?
- Eu não desisto de ti... liguei-te ontem à noite, mandei-te sms's durante este tempo todo que estivemos separados, na semana passada passei por tua casa...
- Eu estive a pensar e acho que já chega.
- Já chega de quê?
- De estarmos assim... é claro que nunca deixei de te amar, apenas queria fazer-te entender que jamais te trocaria por outro e era escusado teres aqueles ciúmes doentios.
- Eu já aprendi! Eu tenho andado desesperado, eu amo-te muito e quero-te mais do que nunca. Perdoas-me por ser impulsivo e ciumento?
- Claro... também já sinto a tua falta. Fui dura contigo e isto também me custou imenso, mas era mesmo para perceberes que aquelas atitudes foram escusadas. Sempre tivemos uma relação saudável e de repente parece que deixaste de confiar em mim, eu nunca te dei motivos para tal.
- Desculpa-me mais uma vez. Posso-te beijar?
- É preciso pedir?
(Conversa fictícia)
(Fim)

sábado, 29 de janeiro de 2011

Amor (I)


- Não me vires as costas, estou a falar contigo... Estás a ouvir?
- Estou. Deixa-me. Não quero saber de ti.
- Mas porquê? Eu amo-te!
- Mas eu não... já não te amo e não insistas em andar atrás de mim. Desanda!
- Mas porquê? Eu faço tudo por nós! Eu largo tudo por ti, quero que sejas feliz comigo.
- Então deixa-me sê-lo, mas longe de ti e dos teus ciúmes. Não é contigo que estou feliz.
- Mas eu já te pedi desculpa.
- Tenho de me ir embora.
- Já? Espera... Eu sei que vais sentir a minha falta. Eu sinto-o em ti, sinto que ainda me amas, sinto que estás de cabeça quente, sinto que tu sentes vontade de me beijar. Estou desesperado...

- Adeus.
(Conversa fictícia)

(Continua...)

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Morremos.


Vivemos uma vida de sacrifícios e angústias, sofremos e lutamos pela sobrevivência e contra as adversidades que se nos deparam ao longo da vida e preocupamo-nos com aborrecimentos com isto e aquilo ou estes e aqueles. Perdemos tempo a pensar em aspectos inúteis e insignificantes… mas existem momentos bons, de prazer.

E poderíamos tirar partido de cada momento desses. Em vez disso damos valor a coisas que não interessam.


Viver bem ou mal com a vida, não é igual. O que é igual é o fim de todos nós.


P.S. Estou com um estado de espírito péssimo...

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Estou doente --'


Hoje fui ao médico.

A sala de espera estava cheia e à minha frente estava uma senhora de idade a dormir.

O meu irmão Lourenço diz assim, muito alto:

- Olha aquela ali a dormir!

Foi um momento embaraçoso, ficou toda a gente a olhar e ainda por cima acordou a pobre da senhora.

Este miúdo…

sábado, 22 de janeiro de 2011

O do costume...


Noite de sexta-feira. O Mundo à minha volta muda... Enquanto isso acontece, eu sento-me na cadeira do costume, tapo-me com a manta do costume e penso no mesmo... Do costume. Sinto o cheiro a diferenças, a mudanças… Fico sossegada a apreciar as pessoas, a rotina do quotidiano... Enfim. Espero, mas nada alcanço.

Nada mas nada acontece comigo. Fico apenas parada no tempo e quando dou por mim… fico para trás, enquanto os outros vivem.

A melancolia dos dias apodera-se de mim e transforma-me em gelo. O ambiente é de tal forma frio que jamais se derrete… Nem o bafo quente do chá que bebo quebra o gelo.

A harmonia do amor… Esse há muito que não me bate à porta.

É uma autêntica monotonia estar aqui.

Vou abrir a janela e ver as estrelas.

(Dedicado à Lara que me inspirou profundamente c(:')

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Uma porta aberta para o sorriso encantador


Manhã de segunda-feira. A porta abria-se lentamente e eu esperava vê-la pela primeira vez na semana.
Enquanto a espera era longa... Eu aproveitava para ajeitar o casaco e dar uns retoques nos cabelos soltos...
O meu pensamento percorria os cantos da sala a uma velocidade alucinante, louco de tanta ansiedade... Saltitava pelas mesas, pulava cadeiras, rebolava no chão duro e sempre que podia espreitava a porta... Na procura de navegar naquela alma com um sorriso encantador...
Quando finalmente ela surgiu... A vontade de gritar o seu nome era gigantesca! Mas tanto eu como a própria vontade sabíamos que era contra as regras... Só havia uma forma, esperar que ela me olhasse e penetrasse os seus doces olhos nos meus...
Nada começara perfeito na nossa descoberta pela afeição... Já navegámos contra a corrente e só conseguimos superar, porque nos cativámos uma à outra...
Ela tem um poder sobre mim... De me deixar no auge, num estado de espírito contagiante e sobretudo de me dissolver as máculas e transformar um dia insípido e vulgar, num mar calmo e com cheiro a rosas.
Quando tudo voltou à normalidade, eu virei-me para a frente e retomei as pontas soltas da aula...

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Raiva --'

Quero tanto gritar!

Porque é que quando estamos no auge, quando o nosso estado de espírito está elevadíssimo, alguém decide pregar-nos uma rasteira com o seu mau-humor e nos dissipam o dia?

Ela mete-me num estado de nervos fora do limite. Irrita-me solenemente e eu já não posso mais com ela!
Não existe ninguém neste Mundo que me irrite tanto ou mais quanto ela. :s

Por vezes, damo-nos bem e a nossa relação fica mais estável, mas depois, lá começam os episódios de novo! Sempre a mesma coisa.

O coração trama-me tanto--'

(V.Q.R)

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Uma morte mais que sentida...


Tarde de Quarta-feira. A chuva fazia-se sentir lá fora. No parapeito da janela, a precipitação invertia o sentido e salpicava-me a cara. Ele apareceu no meu pensamento sem bater à porta e no meu rosto surgiu esbatida uma alegria quente e contagiante, capaz de subir as temperaturas meteorológicas. Por momentos pareceu-me ver um vulto nos arbustos do jardim. Precipitei a cabeça para fora da janela e o cenário era cinzento. Não vi ninguém.
Fechei a janela e puxei as cortinas, cobrindo o céu escuro. No corredor ouvia-se um silêncio ensurdecedor que por marotice me fez uma rasteira, fazendo-me cair estatelada. Parti a jarra novinha que o meu pai oferecera à minha mãe no Natal. Senti-me débil, completamente debilitada. As pernas tremiam, fazendo o soalho do chão ranger e por impulso corri de novo até ao quarto. A minha reacção não foi devido ao facto de ter quebrado a relíquia que a minha mãe tanto estimava, mas sim pela casa parecer fantasmagórica àquela hora do dia. O corredor era enorme e fazia-me ouvir o barafustar das árvores lá fora, o assobiar do vento, o chorar das nuvens e a própria melancolia do dia. Tudo poderia ser simplificado na minha vida… tantas complicações que por vezes se transformam na minha mente, formando uma enorme bolha que em momentos inoportunos explode.
Só o amor dele me acompanhava no meu peito ténue… tornando os meus dias mais quentes e saborosos... mas ele morreu...

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Mais que um pesadelo, uma saudade.

Ultimamente os pesadelos têm-me atormentado imenso. Todas as manhãs tenho algum pesadelo novo para recordar durante o duche. Tenho acordado sobressaltada e muito aflita, pois todos os pesadelos que tenho tido, envolvem pessoas que gosto...

Dizem que os sonhos têm significados... será?

Fazem-me imensa confusão aos neurónios. Acordo com o coração aos pulos, saltando-me do peito e pondo-se a correr quarto fora, aos trambolhões... imaginem a correria que é logo de manhã! Sim, porque eu não posso ir para a escola sem coração...


Pesadelo, pesadelo... é o que vou viver amanhã... faz dois anos que ela me deixou.