terça-feira, 8 de março de 2011

Carta


Querido Pai,
E é assim que eu por vezes me sinto, sozinha nesta praia à qual chamam de Mundo.

Podemos um dia vir a separarmo-nos, mas não vão ser as encruzilhadas do destino que nos desenlaçarão os laços até aqui criados, até porque eles são mais fortes que tudo.

Lembro-me de quando me fizeste a primeira festa de aniversário, fazia eu onze anos, convidaste alguns familiares e deixaste-me escolher os amigos que eu queria que estivessem presentes na minha festa. Foi um máximo!

Ao longo do tempo, fizeste-me sorrir em diversas ocasiões, fizeste-me sair de casa e ir contigo ao super-mercado para teres uma opinião feminina e também uma presença...

Também já me fizeste soltar lágrimas, por exemplo quando o teu mau-feitio choca com o meu... mas garanto-te que os sorrisos sempre foram superiores às nossas desavenças...

Tenho muito orgulho em ti e no homem forte que és. Dás-me uma ideia clara do que é a vida e fazes-me ter sempre a porta aberta para o amor... porque o amor nunca se recusa. Fazes-me estar sempre preparada com munições, contra as tristezas e desventuras da vida.

Já te escrevi imensas cartas e nunca te mostrei nenhuma, talvez um dia... numa boa hora.

Amar-te-ei sempre, meu pai.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Já são 100...

Este blog superou as minhas expectativas!
Obrigada por estes números bem redondinhos, meus seguidores!

quinta-feira, 3 de março de 2011

Idosos da nossa vida


São seres humanos, são almas sábias, são frutos do tempo… Passam por ele com uma perna às costas e sempre com uma coragem incrível! 

São idosos… são bebés duas vezes, têm os relevos do tempo marcados na pele, sentem fragilidade nos sopros fortes e suportam dores e perdas. 

Fazem parte das peças dos nossos puzzles…ajudam-nos a montá-las com força, e que com o tempo, todas unidas, formam um puzzle inteiro… e isto deixa-nos preparados para a vida…

Nós temos de ser capazes de cuidar deles como eles outrora cuidaram de nós. 

Somos o seu fruto, somos a geração seguinte…

Havemos de sentir todos os Invernos que eles sentiram… havemos de massajar as mãos e aquecê-las com o vapor das suas memórias, havemos de querer ensinar como eles nos ensinaram…

São idosos da nossa vida, que nos penetram sentimentos de saudade quando partem...