A areia constitui o sal da minha comida
O meu instinto é como o das sereias
Sem as algas, sinto-me sem essência, despida
As conchas são o meu prato, das memórias
As ondas do meu cabelo estão brancas, do sal, dos meus cansaços
As pedras, com cores, são as minhas vitórias
As pedras, sem cores, são os meus fracassos
O céu é o meu tecto, é o paraíso
A voz do vento, o assobio, a velocidade
É um sinal, é um chamamento, é um sorriso
As estrelas do meu mar, as estrelas do meu tecto são a verdade
As dunas são os altos e baixos da minha vida
Eu sou como um barco de pescadores
Estava de chegada, agora, estou de partida.
Para as profundezas do oceano, para junto dos meus amores.